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sábado, 4 de fevereiro de 2012

A Cozinha Afrodisíaca

A palavra "afrodisíaco" não poderia ter outra origem senão na deidade grega Afrodite, a divindade do amor e do sexo. O termo é oriundo de aphrodisiakós, que significa "restaurar as forças geradoras" ou "excitar os apetites carnais".

De Atenas a Corinto, as festas dedicadas à Afrodite eram denominadas "afrodisíacas", e tinham como símbolos: o golfinho, o pombo, a romã, a murta e a limeira. Intrinsecamente ligado a palavra, encontra-se a Cozinha Afrodisíaca, um vasto receituário multicultural composto por pratos com ingredientes que supostamente estimulam o apetite sexual.

O aspecto estético, algumas vezes lembrando um órgão sexual, contribui para a nomeação de um determinado alimento, prova disto é o abacate, chamado de ahuacatl pelos astecas, que significa "testículo".

A farmacossexologia classifica as substâncias afrodisíacas em três categorias: substâncias com alto valor nutricional; substâncias com algum efeito fisiológico; e substâncias psicofarmacológicas (transpassam a barreira entre a circulação sanguínea do corpo e do cérebro). 

Segundo a crença hindu, o elixir "preservativo da vida", bebericado antes do Kama Sutra, era composto por ghee (manteiga clarificada), açúcar mascavo, mel, licorice, erva-doce e leite.

Na sociedade contemporânea o tema tornou-se controverso, pois, muitos profissionais em diferentes áreas de atuação acreditam que a questão é mais antropológica e mitológica, do que gastronômica ou científica, contudo, alimentos como o alcaçuz, o almíscar, a alcachofra, o açafrão, o cravo-da-índia, o aspargo, a ostra, o amendoim, a noz-moscada, o anis, a canela, o abacate, a banana, o cardamomo, a catuaba, o chocolate, o figo, o pó de guaraná, o gengibre, o ginseng, o jasmim, as pimentas, o manjericão, os mariscos, o morango e o ovo de codorna, permeiam no imaginário dos amantes, e sendo assim, vale à pena nos deliciarmos com eles, desde que animais indefesos não paguem o preço por um capricho relativamente cultural e egoísta.

E quando me refiro a capricho, quero estabelecer um limite entre o que é sensato e o que é extravagância, haja vista que algumas iguarias consideradas exóticas, causam extermínio desnecessário de certos animais.

Diga não ao consumo da barbatana de tubarão, dos chifres de rinoceronte, das pestanas de elefante, dos testículos de tigre e do pênis da foca.

Todavia, se os impotentes de plantão quiserem ingerir urina cristalizada de lince ou moscas espanholas (cantárida), vou apoiar com gosto.

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